No Dia do Combate à Gordura no Fígado, saiba como evitar a doença

Considerada uma doença silenciosa, a gordura no fígado pode evoluir para quadros graves, como cirrose não alcoólica e até câncer hepático, se não tratada adequadamente. Também chamada esteatose hepática, a condição ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura no órgão.
E o dia 12 de junho, esta quinta-feira, marca o Dia Internacional de Combate à Gordura no Fígado, para conscientizar as pessoas sobre a doença.
Ao contrário do que muitos pensam, o problema não está diretamente ligado ao consumo de alimentos gordurosos, mas sim ao excesso de açúcar na alimentação, que se transforma em gordura no sangue.
A endocrinologista Fernanda Parra explica que cuidados simples podem ser eficazes para evitar a doença, como fazer atividade física diariamente e ter uma alimentação equilibrada. Segundo a especialista, a obesidade e o sedentarismo podem ser um dos fatores de risco.
“Açúcares simples e ultraprocessados são metabolizados no fígado e podem sobrecarregar ele. Isso acontece especialmente com o consumo frequente de refrigerantes, doces, bolachas recheadas, fast food, tudo aquilo que é rico em açúcares, farinhas refinadas e carboidratos, como eu disse anteriormente. As principais causas desse acúmulo incluem má alimentação, sedentarismo, acúmulo de peso, obesidade, sobrepeso, diabetes tipo 2 e até colesterol alto. Mas a gente tem outros fatores como o uso excessivo de álcool, alguns medicamentos e até distúrbios hormonais”.
O auxiliar-jurídico Almir José da Silva, de 48 anos, relata que ao realizar exames de rotina foi diagnosticado com gordura no fígado. Ele conta que ficou assustado já que não teve nenhum sintoma.
“No momento, eu até tive uma surpresa que eu não esperava, sabe? Fiquei muito nervoso naquele momento. Procurei um especialista da área e ele me orientou a fazer exercício físico e beber bastante água. Tem uma série de medicamentos que eu estou tomando. Após esse diagnóstico inesperado, comecei a seguir uma alimentação equilibrada, com muitas frutas, verduras e bastante nutrientes. Uma dieta com zero gordura, zero doce e zero álcool".
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, uma a cada três pessoas no mundo tem a doença.
*Com supervisão de Fabiana Sampaio





